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Verão no Alto Tietê deve ter pouca chuva e temperaturas acima da média em 2026

Represa de Taiaçupeba, em Mogi das Cruzes faz parte do Sistema Produtor Alto Tietê (SPAT) João Belarmino/TV Diário 🌧️ O Alto Tietê tem baixa expectati...

Verão no Alto Tietê deve ter pouca chuva e temperaturas acima da média em 2026
Verão no Alto Tietê deve ter pouca chuva e temperaturas acima da média em 2026 (Foto: Reprodução)

Represa de Taiaçupeba, em Mogi das Cruzes faz parte do Sistema Produtor Alto Tietê (SPAT) João Belarmino/TV Diário 🌧️ O Alto Tietê tem baixa expectativa de chuvas para o verão de 2026. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), a região não deve ter influência de fenômenos climáticos que ajudam a aumentar a precipitação. ☀️ A estação começa neste domingo (21), às 12h03 (horário de Brasília), e se estende até as 11h45 do dia 21 de março de 2026. Durante esse período, as temperaturas devem ficar acima da média e os dias se tornam mais longos do que as noites. De acordo com o mestre em ciências ambientais Abner Ulisses Bueno Da Silva, o principal problema não são as ondas de calor, mas quando elas ocorrem em momentos inadequados. “Se as ondas de calor coincidem com períodos em que esperamos umidade, isso pode resultar em longos períodos de seca e pressão sobre os nossos sistemas de abastecimento.” O Alto Tietê é abastecido pelo Sistema Produtor do Alto Tietê (SPAT), um conjunto de cinco reservatórios localizados entre Suzano e Salesópolis. Eles abastecem mais de 4,5 milhões de pessoas da região da Grande SP. Confira os locais dos reservatórios do SPAT O CPTEC/INPE aponta que, normalmente, o verão é um período chuvoso no Sudeste e Centro-Oeste, com temporais e pancadas que ajudam a elevar os níveis dos reservatórios. Porém, neste ano, os fenômenos naturais terão intensidade fraca em todo o Sudeste. “O La Niña tem a característica de aumentar a chuva no Norte e Nordeste durante esse período, mas o Sul fica mais seco. Assim, aqui na região, tudo fica meio instável. É fundamental entendermos nosso clima para saber quando vai ter água disponível, só assim conseguimos administrar tanto a produção quanto o consumo”, explica Abner. VEJA MAIS Veja os vídeos que estão em alta no g1 Em visita ao novo reservatório de água de Salesópolis, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Rezende, afirmou que o momento hídrico do Alto Tietê se parece com o de 2021. “Olha, está chovendo, mas a gente precisa de consumo racional. Então, fechar a torneira enquanto escova os dentes, tomar banhos mais curtos, isso é importante, porque ajuda muito, mesmo a gente olhando que está chovendo”. Na última semana, foram registradas chuvas intensas que causaram pontos de alagamento em diversas cidades do Alto Tietê. Além disso, as precipitações também foram responsáveis por aumentar a capacidade do sistema para acima de 20% pela primeira vez desde 26 de novembro. Por isso, a Sabesp está reduzindo a pressão da água em toda a região metropolitana de São Paulo para tentar minimizar os impactos. Situação de prevenção Sabesp reduz pressão de água em toda Região Metropolitana de São Paulo Divulgação/Sabesp A Sabesp mantém, desde 27 de agosto, a redução da pressão da água no período noturno, das 19h às 5h, em toda a Região Metropolitana de São Paulo. Segundo a companhia, a medida é preventiva e temporária, adotada conforme deliberação da Arsesp para preservar os reservatórios que abastecem a área. A baixa quantidade de chuvas e o nível reduzido dos mananciais são situações alarmantes que afetam os sistemas há meses. Com a chegada do verão, a expectativa era de melhora. Especialistas da Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) afirmam que a estação deveria registrar os maiores volumes de chuva do ano, fundamentais para elevar os níveis dos reservatórios e garantir a segurança hídrica da região. Mogi das Cruzes é a única cidade do Alto Tietê que não é totalmente abastecida pela Sabesp. O município é atendido principalmente pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), que em algumas áreas utiliza água do reservatório da companhia estadual. Atualmente, 59% da água é produzida pelo Semae e 41% são comprados da Sabesp e distribuídos a partir do reservatório do Jardim Santa Tereza, em Brás Cubas. Por isso, a cidade também sofre com a diminuição da pressão. Segundo o diretor-geral do Semae, José Luiz Furtado, “nos demais municípios da Região Metropolitana de São Paulo, a redução da pressão ocorre desde agosto. Aqui em Mogi das Cruzes, no entanto, como uma área é atendida pelo Semae com água comprada da Sabesp, essa região terá a pressão reduzida. Mas, da forma como propusemos, haverá menos impacto na distribuição”. Desde o início de dezembro, a pressão da água nas áreas abastecidas pela Sabesp em Mogi das Cruzes foi ajustada da seguinte forma (em metros de coluna d’água – mca): Das 8h às 20h: de 41 para 40 mca; Das 20h às 23h: de 41 para 35 mca; Das 23h às 7h: de 31/41 para 30 mca; Das 7h às 8h: de 41 para 35 mca. O nível do rio Tietê, de onde o Semae faz a captação de água na estação Pedra de Afiar, no bairro Rio Acima, está em 1,35 metro de acordo com a medição de 10 de dezembro. Segundo o serviço, o nível ideal para captação é acima de 1 metro. Atualmente, o Semae atende cerca de 160 mil ligações, incluindo áreas que recebem água comprada da Sabesp. Assista a mais notícias sobre o Alto Tietê

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